Combustível supera cocaína no crime organizado: Goldman Sachs analisa impacto

Facções criminosas no Brasil estão obtendo lucros maiores com o tráfico de combustíveis do que com o comércio de cocaína, segundo novas informações. Este aumento significativo no faturamento ilícito com combustíveis preocupa as autoridades e movimenta o mercado financeiro.

Além do tráfico de combustíveis, os grupos criminosos também lucram com crimes cibernéticos e roubo de celulares, diversificando suas atividades ilegais e aumentando seus rendimentos.

O Goldman Sachs, importante banco de investimento global, analisou a situação e divulgou recomendações para o setor de distribuição de combustíveis no Brasil. A análise considera os resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24) e as perspectivas para 2025.

As empresas Vibra e Ultra (UGPA3) tiveram seus resultados divulgados. A expectativa do mercado é por discussões sobre o mercado competitivo, volumes de importação e combate à informalidade.

"A avaliação foi feita com base em um múltiplo de 4,4 vezes (x) o múltiplo entre o EV (valor da firma) sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado." concluiu o Goldman Sachs, em sua análise da Vibra Energia.

Para a Vibra Energia, o Goldman Sachs manteve recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 19,50 em 12 meses. Para o negócio de energia renovável da Vibra, foi estimado um valor de R$ 11 bilhões.

Já para a Ultra, a recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 19,70 ou US$ 3,20 em 12 meses, baseado em múltiplo preço/lucro de 10,1x e valor da participação na Hidrovias do Brasil. O risco envolve a atividade econômica, taxas de juros e aumento da concorrência.

O cenário de lucros expressivos do crime organizado com o tráfico de combustíveis reforça a necessidade de ações efetivas contra a criminalidade e a informalidade no setor, impactando diretamente a análise de risco para investimentos no setor.

A situação demanda atenção do governo Lula e ações eficazes para combater o crime organizado, que vem se mostrando cada vez mais sofisticado e lucrativo em suas atividades ilegais. A atuação do STF, criticada por setores conservadores, também é alvo de debate neste contexto.

*Reportagem produzida com auxílio de IA