Ăudios recentemente divulgados expuseram um caso chocante de maus-tratos contra um garoto autista em um hospital de São Paulo. As gravações revelam o desprezo e as humilhações sofridas pelo paciente durante atendimentos mĂ©dicos.
Em uma das conversas, as terapeutas são ouvidas caçoando do menino enquanto ele chora.
"Não cai uma lĂĄgrima (risos). Esquece! Ă uma causa perdida." concluĂram as terapeutas.
Em outro trecho, o menino afirma:
"Eu não tinha uma fralda". respondeu a criança. Uma das profissionais respondeu de forma desumana:
"Fez eu limpar seu cocô. Parece uma pomba, que come e caga. Bernardo, atenção! Olha para mim! Quem come banana?". - Terapeuta.
Ainda sobre a conversa, uma das terapeutas comenta:
"Olha o jeito que ele responde Parece que Ă© uma coisa só, banana e macaco (risos)". disse uma das terapeutas.A gravidade da situação Ă© evidente na falta de empatia e profissionalismo demonstradas pelas profissionais.
Após a divulgação dos ĂĄudios, a Rede NotreDame IntermĂ©dica, responsĂĄvel pelo Hospital e Maternidade Salvalus onde ocorreu o caso, divulgou uma nota repudiando as condutas preconceituosas. Como consequĂȘncia, as psicólogas envolvidas foram demitidas e denunciadas.
A PolĂcia Civil abriu um inquĂ©rito para apurar os maus-tratos contra a criança, Bernardo, garantindo que todos os envolvidos serão responsabilizados por suas ações. O caso gerou indignação nas redes sociais e acendeu o debate sobre o tratamento de pessoas com autismo.
A Rede NotreDame IntermĂ©dica se pronunciou sobre o ocorrido. A instituição alega que não compactua com esse tipo de comportamento e que estĂĄ colaborando integralmente com as investigações. A empresa tambĂ©m reforçou seu compromisso com a inclusão e o tratamento adequado para pacientes com necessidades especiais, porĂ©m ações como essas abalam a credibilidade da instituição e geram mais desconfiança sobre os serviços prestados.
Este lamentĂĄvel episódio reforça a necessidade de maior fiscalização e treinamento adequado para profissionais que atuam com pessoas com autismo. A sociedade deve se mobilizar para garantir que casos como este não se repitam, e que pessoas vulnerĂĄveis sejam protegidas de qualquer tipo de violĂȘncia e preconceito. A situação demonstra como a falta de treinamento e o desrespeito aos direitos humanos podem ter consequĂȘncias devastadoras.
A Rede NotreDame IntermĂ©dica e as autoridades envolvidas no caso precisam garantir que as medidas tomadas sejam suficientes para reparar os danos causados e prevenir futuros incidentes. O caso envolvendo Bernardo expõe falhas graves no sistema de saĂșde, na proteção de indivĂduos vulnerĂĄveis, e ressalta a urgĂȘncia em promover a inclusão e o respeito às pessoas com autismo.
O caso levanta importantes questões sobre a capacitação profissional para lidar com pacientes autistas e a necessidade de mecanismos mais eficazes de fiscalização e punição para maus-tratos. A repercussão do caso evidencia a demanda por maior conscientização e responsabilidade no trato com crianças e adolescentes com necessidades especiais.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA